Cerca de 60% do grupo prioritário ainda não se imunizou contra a gripe em MT - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Cerca de 60% do grupo prioritário ainda não se imunizou contra a gripe em MT - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

MATO GROSSO: Mobilização contra a gripe continua no estado

Meta do Ministério da Saúde é vacinar 90% de cada um dos grupos prioritários, como gestantes, idosos, crianças e povos indígenas

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As unidades de saúde do SUS seguem mobilizadas em todo o estado do Mato Grosso contra a gripe. A campanha de vacinação nos municípios mato-grossenses  contabiliza mais de 628 mil doses aplicadas. Até o momento, 39% do grupo prioritário da ação – composto por quase 1,2 milhão de pessoas – receberam a dose da vacina no estado. Os dados são do painel de imunizações do Ministério da Saúde.

A meta das autoridades de saúde é vacinar 90% de cada um dos grupos prioritários — como gestantes, idosos, crianças e povos indígenas. Mas, por conta da disponibilidade de doses, o Ministério autorizou a ampliação da imunização para todas as pessoas acima dos seis meses de idade. 

Segundo o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, a medida busca garantir uma maior cobertura vacinal e, consequentemente, uma redução nas complicações e internações causadas pela gripe.

“Então, se há disponibilidade da vacina e o vírus da influenza – da gripe – está circulando, nós devemos ampliar o acesso das pessoas para que elas se vacinem, diminuam seu risco de adoecimento de formas graves da doença e diminuam a circulação do vírus na comunidade."

No caso de pacientes que já estão com sintomas de doenças respiratórias, a médica da Sociedade Brasileira de Imunizações, Melissa Palmieri, recomenda aguardar em torno de 48 horas, após a melhora completa do quadro clínico, para se imunizar contra a gripe.

“Caso você tenha o diagnóstico das doenças como Covid-19, Influenza, Dengue ou qualquer outra doença infecciosa, você deve esperar a melhora clínica desta doença em torno de 48 horas, sem nenhum dos sinais e sintomas da doença, para estar habilitado e vacinar-se contra a gripe.”

A professora Carolina Roboredo Silva, de 43 anos, moradora da cidade de Alta Floresta, no Mato Grosso, ainda não tomou a vacina da gripe por estar com sintomas de doença infecciosa.

“Ainda não tomei a vacina porque tive a gripe H1N1 associada a pneumonia e sinusite. Então, por conta do quadro, não pude tomar e tenho que esperar mais alguns dias ainda. O acesso à vacina aqui, em Alta Floresta, está sendo bem disponibilizado; em todos os postos de saúde há vacina. Acho super importante a imunização, porque temos casos aqui, na região, de criança até entubada [por conta da gripe]. Então, é um vírus que tem agido em uma intensidade muito grande. Acho importante que todos tomem a vacina para se precaver.”

Segundo o painel do Ministério, em Alta Floresta, foram aplicadas mais de 9.800 doses. A cobertura vacinal do público prioritário está em quase 36%.

O especialista André Prudente atesta: mais de 80% das pessoas vacinadas contra a gripe não vão adoecer; e mesmo os que adoecerem terão um quadro leve da doença. 

“E é importante dizer que a gripe é provocada por um vírus chamado Influenza, que é uma doença completamente diferente dos resfriados. Então, a vacina não protege contra o resfriado. O resfriado comum é quando a pessoa está espirrando, o nariz está obstruído, às vezes tem uma coriza, mas fora isso não traz grandes repercussões. Já a gripe pode dar bastante febre, muita dor no corpo e acomete o pulmão, inclusive podendo levar a agravamento e até a óbito. Então, por isso, é importantíssimo que todo mundo se vacine contra a gripe.”

Faça parte do Movimento Nacional Pela Vacinação e diga sim para a vacina contra a gripe. Procure uma Unidade Básica de Saúde com a Caderneta de Vacinação ou documento com foto.

Para mais informações, acesse: www.gov.br/vacinacao.

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