ONU

19/10/2023 19:45h

Acordo foi assinado na última quinta-feira (19) durante a 25ª Assembleia Geral da ONU

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O Rio de Janeiro sediará o primeiro escritório da Organização Mundial do Turismo (OMT) destinado à região das Américas e Caribe. O acordo foi assinado na última quinta-feira (19) durante a 25ª Assembleia Geral da ONU. O ministro do Turismo, Celso Sabino, e o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, formalizaram o acordo.

O ministro destaca que a inauguração do escritório no Rio de Janeiro irá impulsionar a exploração econômica sustentável e o desenvolvimento desta região do mundo.

“O nosso Rio de Janeiro vai sediar o escritório com executivos da Organização Mundial do Turismo para direcionar, implementar, discutir, debater e executar políticas públicas na área do turismo para a América do Sul e para o Caribe”, expõe.

Sabino avalia que a expectativa é que o escritório da OMT no Brasil seja inaugurado dia 15 de dezembro deste ano. A entidade também se dedicará ao planejamento, debate e implementação de iniciativas de qualificação, promoção, atração de investimentos, pesquisas, organização de eventos e elaboração de estratégias para o setor inteiro.

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Desenvolvimento Regional
27/09/2023 12:46h

Ministros Waldez Góes e Rui Costa se reuniram nesta terça-feira com a secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas, Mami Mizutori, que cumpre agenda no País até esta quinta-feira

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O Governo Federal e a Organização das Nações Unidas (ONU) realizaram, nesta terça-feira (26), um encontro bilateral com foco em ações para a prevenção de desastres no Brasil e no mundo. Participaram do encontro os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, e a secretária-geral adjunta da ONU, Mami Mizutori, que cumpre agenda no País até esta quinta-feira (28).

Durante o encontro, Waldez Góes destacou que o Brasil elabora, no momento, o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, que irá nortear as ações da União, estados, Distrito Federal e municípios na área, de forma integrada e coordenada. O ministro reforçou, ainda, que o País é consignatário do Marco de Sendai para Redução de Riscos e Desastres, definido pela ONU em 2015.

“O presidente Lula tem compromisso integral com a gestão de riscos e desastres. Esta agenda de hoje abre uma série de encontros que teremos com a Mami Mizutori para trocar experiências e reforçar o trabalho em prol da boa governança, prevenção e preparação do nosso país. A cooperação internacional é bem-vinda e o Brasil pode contribuir muito com o trabalho da ONU”, afirmou Góes.

“Passamos por seis anos de negacionismo, mas, agora, retomamos as relações internacionais, com apoio total à ciência, à saúde e também aos cuidados com o clima. Nossa equipe da Defesa Civil Nacional age com total zelo e tecnologia nos alertas, nas ações de resposta. Por outro lado, por terem deixado a Defesa Civil quase sem recursos, o Governo Federal não tinha uma ação de prevenção consolidada, mas estamos trabalhando forte, sob determinação do presidente Lula, para deixarmos pronto o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, o que será determinante nesse processo”, destacou Waldez Góes.

Novo PAC

O ministro Rui Costa também citou o esvaziamento na agenda de prevenção a desastres nos últimos anos, com queda expressiva de alocação de recursos, e destacou a retomada da política pelo presidente Lula, com obras e realizações dentro do Novo PAC, o plano de desenvolvimento do governo federal para o país.

“Temos no Novo PAC um eixo específico para cuidar da vida das pessoas e até mesmo salvar vidas: o Cidades Resilientes e Sustentáveis faz frente aos efeitos que a mudança do clima no planeta tem provocado, como desastres ambientais nas cidades, deteriorando a qualidade de vida urbana”, explicou Costa. Os investimentos previstos para essa área são de R$ 609,7 bilhões. O ministro destacou ações como contenção de encostas, obras do Minha Casa Minha Vida e outros exemplos de políticas que respondem ao cenário adverso da emergência climática.

De acordo com Mami Mizutori, a ONU veio compreender as ações do governo do Brasil no âmbito da prevenção de desastres naturais. Ela destacou que o Escritório de Redução do Risco de Desastres (UNDRR) está à disposição para contribuir com o governo em parcerias.

“A nossa agenda é a mesma agenda deste governo. Prevenção a desastres passa necessariamente pelo desenvolvimento sustentável, um tema de destaque abordado pelo presidente Lula”, afirmou a secretária-geral adjunta, ao pontuar que a agenda desta terça-feira abre oportunidades para “uma grande parceria entre o Brasil e a ONU para sensibilizar o mundo sobre a importância da prevenção”.

Também participaram do encontro a diretora do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do Ministério das Relações Exteriores, Cláudia Barbosa, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, e o diretor de Obras de Proteção e Defesa Civil do MIDR, Paulo Falcão

G20 e COP

Em 2025, o Brasil será sede da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro, na cidade de Belém (PA). A confirmação do Brasil como sede do mais importante evento ambiental do planeta é resposta a um pleito do próprio presidente Lula. A COP reúne lideranças mundiais para debater soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida na Terra.

Além disso, o Brasil exercerá a presidência do G20 de 1º de dezembro de 2023 até 30 de novembro de 2024. Com isso, o País será responsável por organizar a próxima cúpula, que deve ocorrer em novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

A secretária-geral da ONU, Mami Mizutori, colocou a entidade à disposição do governo brasileiro nos estudos e na condução dos eventos. “A mentalidade brasileira no momento é bem parecida com a nossa, com governança, prevenção e sustentabilidade. Agradeço a receptividade e estamos prontos e dispostos a ajudá-los”, comentou.

O G20 é formado por 19 países dos cinco continentes, além da União Europeia, juntando nações consideradas desenvolvidas e em desenvolvimento. Fazem parte: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.

Nove outros países foram convidados para a cúpula: Bangladesh, Egito, Emirados Árabes, Espanha, Ilhas Maurício, Nigéria, Omã, Países Baixos e Singapura.

O grupo responde conjuntamente por cerca de 80% do PIB mundial e 75% do comércio internacional, além de dois terços da população e 60% do território do planeta.

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Desenvolvimento Regional
13/09/2023 15:02h

Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) desenvolverão ações voltadas à inclusão socioprodutiva de populações tradicionais ou mais vulneráveis, redução das desigualdades sociais e erradicação da pobreza na região

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O Governo Federal e a Organização das Nações Unidas (ONU) vão trabalhar, em conjunto, para fomentar o desenvolvimento inclusivo e sustentável da Amazônia Legal. Nesta terça-feira (12), o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) assinaram um acordo de cooperação para a realização de ações voltadas à inclusão socioprodutiva de populações tradicionais ou mais vulneráveis, redução das desigualdades sociais e erradicação da pobreza na região.

“Sob a liderança do presidente Lula, o Brasil retomou, de forma muito intensa, o respeito e o fortalecimento da democracia e das políticas públicas de combate às mudanças climáticas, liderando o combate às desigualdades, à fome e a pobreza”, destacou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. “Esta parceria já é um desdobramento dos acordos feitos durante a Cúpula da Amazônia e demostra o compromisso absoluto do governo brasileiro com a região”, completou.

O ministro Waldez Góes enfatizou que o crescimento econômico da Amazônia tem obrigatoriamente que passar pela melhoria da qualidade de vida dos mais vulneráveis. “Não dá para ter o PIB da Amazônia crescendo, os modelos econômicos acontecendo e os indígenas, os quilombolas, os extrativistas e os ribeirinhos ficarem ausentes desse processo”, afirmou. “Então, acredito em um Brasil com uma visão de desenvolvimento regional, com esses compromissos em relação à democracia, ao combate à desigualdade e à fome e a uma boa gestão dos recursos hídricos e dos recursos da floresta”, ressaltou.

O acordo de cooperação tem validade de quatro anos, podendo ser renovado pelo mesmo período, mais de uma vez. A primeira ação será a elaboração de um plano de trabalho, que trará o detalhamento das atividades a serem executadas no âmbito da parceria.

O diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, se mostrou entusiasmado com a parceria com o Governo Federal. “O Brasil tem muito a compartilhar e uma nobre missão nos próximos anos. Vamos trabalhar juntos, como um grande time, para essa missão global. Desejo a todos o melhor e agradeço essa parceria”, afirmou.

O superintendente da Sudam, Paulo Rocha, destacou que o acordo com a FAO traz um novo olhar sobre a Amazônia. “A partir desta visão da FAO, desta parceria, a Amazônia não é vista apenas sob a ótica da preservação ambiental, mas também como um celeiro de desenvolvimento social e humano, a partir do combate à pobreza e à fome”, afirmou. “Nossa região tem potencial para ser uma grande produtora de alimentos para o mundo, devido à sua biodiversidade às riquezas que brotam da terra”, completou.

Lagoa Mirim

Este é o segundo acordo de cooperação entre o MIDR e a FAO. Em maio deste ano, juntamente com o Ministério de Ambiente do Uruguai, os dois órgãos fecharam parceria para a gestão binacional e Integrada dos recursos hídricos da Bacia da Lagoa Mirim e Lagoas Costeiras, cuja parte brasileira está localizada no Rio Grande do Sul.

Com financiamento de US$ 4,7 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o projeto visa reforçar as capacidades do setor público e privado no Brasil e no Uruguai para a gestão integrada dos recursos hídricos locais, com ênfase na utilização sustentável e eficiente da água, na preservação dos ecossistemas e de seus serviços e na adaptação às mudanças climáticas.

A Bacia Hidrográfica da Lagoa Mirim é uma bacia transfronteiriça compartilhada entre o Brasil e o Uruguai, sendo a segunda maior área lacustre da América do Sul (3.750 km²). A grande quantidade e boa qualidade de suas águas favorecem as atividades agrícolas, florestais, pecuárias, pesqueiras, aquícolas, turísticas e de abastecimento de água, entre outros serviços, em ambos os países.

Outros acordos

Além do acordo com o MIDR, o Governo Federal fechou outras duas parcerias com a FAO nesta terça-feira. Uma, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), voltado à preservação da Amazônia e de outros biomas, com foco em atividades de bioeconomia florestal, restauração florestal e conservação da biodiversidade, desenho e implementação de sistemas agroalimentares sustentáveis. O outro acordo, com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), tem como objetivo fortalecer o agronegócio e a agricultura familiar.

O Governo Federal e a FAO assinaram, ainda, carta de intenção para a criação de um Centro de Cooperação Sul-Sul trilateral, com foco em intercâmbios voltados à segurança alimentar e nutricional.

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10/09/2023 19:26h

Evento acontece na próxima terça-feira (12), em Brasília, e vai adiantar os debates da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas

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Reunir os representantes do setor industrial para debater propostas e dialogar com o governo sobre os desafios e as oportunidades da agenda climática global. Essa é a proposta do "Diálogo Pré-COP28: o papel da indústria na agenda de clima". O evento é organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na próxima terça-feira (12), na sede da entidade em Brasília, das 9h às 18h30, com transmissão online pelo canal da CNI no Youtube.

A ideia é discutir o papel da indústria para o desenvolvimento sustentável, além de adiantar os debates e propostas que serão levadas pelo Brasil até Dubai, em novembro deste ano, na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas — a COP28. Na ocasião, os participantes vão poder acompanhar painéis ministrados por especialistas e representantes do setor industrial e do governo para falar sobre transição energética, financiamento sustentável e estratégias voltadas para a descarbonização da economia.

Também serão discutidos temas como aquecimento global, tecnologia e inovação. O gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, detalha a programação do evento.

“Em um primeiro momento vai ser discutido como que outras entidades internacionais estão vendo as expectativas em relação aos encaminhamentos da COP28. Vamos falar também de transição energética envolvendo algumas empresas e associações. Vamos falar também de um tema muito importante que é o financiamento; um tema horizontal que vem sendo discutido em várias edições anteriores e na próxima também vai continuar sendo discutido. Tem assuntos mais operacionais como mercado de carbono, questões relacionadas à adaptação climática.”

“Então é uma agenda bastante completa, forte, mas que o Brasil tem bastante capacidade de influenciar em prol das suas especificidades que vão colocar cada vez mais o país em termos de competitividade no cenário internacional”, detalha.

Durante o evento, está programado o lançamento de um estudo sobre energia eólica offshore para identificar o potencial do Brasil na geração desse tipo de renovável. 

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Confira a programação: 12/09/2023

08h30 - 09h  Credenciamento
09h - 10h  Abertura
10h - 10h20  Keynote Session - Os Desafios do Aquecimento Global: Cenários Climáticos e o Impacto para o Brasil
10h20 - 11h10  Sessão Especial 1 - Visão do Brasil para a COP28
11h10 - 11h30  Sessão Especial 2 - Instituto Amazônia +21
11h30 - 12h30  Painel 1 - As Expectativas do Setor Privado para a COP28
12h30 - 13h  Sessão Especial 3 - Apresentação do Sistema de Registro Nacional de Emissões (Sirene) Organizacionais
13h - 14h  Brunch de Networking
14h - 15h  Painel 2 - Transição Energética
15h - 16h  Painel 3 - A Importância do Financiamento Sustentável nas Cadeias de Valor
16h - 16h30  Sessão Especial 4 - O Pilar Social do ESG Impulsionando a Indústria
16h30 - 17h30  Painel 4 - Estratégias Empresariais Voltadas à Descarbonização
17h30 - 18h  Sessão Especial 5 - Oportunidades da Inovação Orientadas por Missões para a Indústria
18h - 18h30  Encerramento

Entre os palestrantes convidados está o professor da Universidade de Columbia e prêmio Nobel de Economia, Josehp Stiglitz, que vai falar sobre o papel estratégico do Brasil na transição global para uma economia de baixo carbono. 

Representantes das empresas Suzano, BRF e Acelen também estarão presentes para apresentar as iniciativas que vêm sendo desenvolvidas, com ênfase em ações e tecnologias de baixo carbono, para a redução das emissões de gases de efeito estufa.  

Entre as autoridades confirmadas estão a secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni; o secretário Nacional de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Rodrigo Rollemberg; e o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. 

COP 28

A COP28 será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, e reunirá líderes governamentais, empresários, especialistas e representantes da sociedade civil de todo o mundo para avaliar os avanços alcançados pelo Acordo de Paris. 

Ao longo da conferência, os participantes vão debater sobre financiamento climático, mercado global de crédito de carbono, transferência de tecnologia, adaptação às mudanças climáticas, capacitação dos países em desenvolvimento, entre outros assuntos de interesses sociais relevantes na agenda. 

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Desenvolvimento Regional
28/04/2023 17:27h

Objetivo do evento, realizado em Genebra, foi trocar experiências e trabalhar na cooperação internacional em momentos de desastres

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, concluiu, nesta sexta-feira (28), participação na IX Semana de Redes e Parcerias Humanitárias (HNPW 2023), realizado na cidade de Genebra, na Suíça. O evento foi organizado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários e teve como objetivo trocar experiências e trabalhar na cooperação entre os países em momentos de desastres, como terremotos.

“Com essa cooperação, prestamos uma rápida ajuda às populações de países que sofrem com determinados desastres. As Nações Unidas já têm importantes elementos de coordenação, entre eles o Insarag (Grupo de Trabalho Consultivo Internacional de Busca e Resgate), que tratam de ações de busca e resgate em estruturas colapsadas”, explicou o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) da Defesa Civil Nacional, Armin Braun, que representou o MIDR no evento.

Nos últimos anos, o Brasil acumulou experiências importantes na mobilização de equipes de resposta a desastres no terremoto na Turquia, mais recentemente, e também no Haiti, em Moçambique e no Líbano, entre outros. O trabalho é realizado de forma integrada entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o MIDR e outros ministérios e órgãos que atuam nessas situações.

Além do MIDR, a delegação brasileira na Suíça contou com a presença da ABC, do Ministério das Relações Exteriores, que chefiou a comitiva, do Gabinete de Segurança Institucional e dos ministérios da Saúde, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, além de integrantes do Corpo de Bombeiros.

A HNPW 2023

A Semana de Redes e Parcerias Humanitárias (HNPW) é uma conferência humanitária realizada todos os anos e oferece um espaço colaborativo para profissionais e especialistas em ajuda humanitária, incluindo agências da ONU, ONGs, Cruz Vermelha, academia, militares, iniciativas do setor privado e países-membros.

O evento foi realizado pela primeira vez em 2015 para oferecer uma oportunidade para os profissionais que trabalham no setor humanitário trocarem experiências, discutirem novos conceitos, introduzirem novas ferramentas e ideias, além de colaborarem na busca por soluções para desafios comuns na preparação e resposta a desastres.

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04/03/2023 18:15h

Para a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil, Cristiane Damasceno, ainda há muito a ser feito para que se garanta de forma plena os direitos das mulheres

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O Dia Internacional da Mulher é comemorado todo 8 de março desde 1975. A data foi escolhida pela Organização das Nações Unidas, em homenagem às mulheres russas que saíram às ruas de São Petersburgo para pedir por pão, melhores condições de vida e pela saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial, em 1917. A data lembra que a busca de igualdade de direitos e oportunidades pelas mulheres segue até os dias atuais. 

Para a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (CNMA-OAB), Cristiane Damasceno, apesar dos avanços das legislações, ainda há muito a ser feito para que se garanta de forma plena os direitos das mulheres. 

“Quando a gente fala sobre a negativa de direito, ele acontece de toda ordem e de todo jeito. Então você tem, em casos de violência obstétrica, principalmente contra as mulheres pretas – a professora Ana Flauzina fala isso muito bem –, a questão do próprio salário dentro dos espaços de trabalho que eles são menores para as mulheres, por vezes as pesquisas mostram isso também.”

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2019 revelou que as mulheres dedicaram quase o dobro de horas em tarefas domésticas em relação aos homens. Em média, mulheres investem 21,3 horas por semana com afazeres domésticos e cuidado de pessoas, enquanto homens gastam 10,9 horas com as mesmas tarefas. 

“Quando você não cria, por exemplo, espaço onde as pessoas possam ficar, como escolas de tempo integral, você nega para a mulher o direito de ela ocupar os espaços de poder por mais tempo, porque a ela é dado o dever de buscar e levar, e das tarefas domésticas. Então esses são exemplos simples de coisas que nos são negadas que nos impedem de chegar nos espaços de decisão de poder”, destaca a advogada.

Damasceno entende que toda forma de exclusão das mulheres dos espaços de poder são tipos de violência, seja ela da natureza física, social, racial ou econômica, e que impede a população feminina de exercer seus direitos plenamente. 

“O combate da violência, por si só, ele tem que ser feito efetivamente – a doméstica, a violência de gênero, a política, a física, a psicológica, o próprio assédio –, para poder deixar as mulheres mais à vontade para elas participarem desses espaços, porque enquanto houver violência, a mulher fica desestimulada a participar, porque ela já tem tanta coisa para fazer, lutar contra tanta coisa e administrar tanta coisa que acaba que o lado profissional ele fica prejudicado porque, nele, você também encontra movimentos de violência contra as mulheres”, observa a jurista.

Feminicídios

O Brasil bateu recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022. De acordo com dados publicados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 699 casos foram registrados entre janeiro e junho, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por dia.

Em 2019, no mesmo período, foram registrados 631 casos. Dois anos depois, em 2021, 677 mulheres foram assassinadas em decorrência da violência de gênero. Os dados foram coletados com as pastas estaduais de Segurança Pública e representam somente os crimes que chegaram a ser registrados.

Entre as regiões do país, o Norte liderou o aumento, com 75% a mais do que no primeiro semestre de 2019. Oeste, Sudeste e Nordeste registraram crescimento de 29,9%, 8,6% e 1%, respectivamente. Apenas na região Sul foi registrada uma queda de 1,7% dos casos.

Sancionada há oito anos, a Lei do Feminicídio (13.104/2015) alterou o Código Penal para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, além de incluí-lo no rol dos crimes hediondos. A lei considera o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Segundo Damasceno, é fundamental a participação do poder público nessas discussões. “Os governantes, sendo homens ou mulheres, precisam ter um comportamento sério de colocar em ação planos que combatam já desde a raiz. Porque, veja, se nós estamos aqui diante de um fato, como por exemplo o feminicídio, deu errado. Que medidas foram tomadas para que esse fato não acontecesse? Quando chega na porta do Direito Penal não tem o que pode ser feito: a mulher já perdeu a vida, os filhos já ficaram órfãos, o pai já tá preso e a vida daquele núcleo familiar já foi completamente destruída. Então a gente tem que começar esse trabalho anteriormente”, observa a jurista.

De segunda a sexta-feira desta semana, o governo federal prometeu uma série de eventos para debater e buscar solução para os problemas causados pelo machismo estrutural na sociedade brasileira.

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11/10/2022 04:30h

Ter vida social diminui o risco de depressão

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O número de casos de suicídio entre pessoas com mais de 60 anos aumentou na última década, devido a problemas de saúde e isolamento social, de acordo com o Ministério da Saúde.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) alerta para a importância do cuidado com a saúde mental do idoso. Entre as iniciativas de prevenção, está o desenvolvimento de programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças (Promoprev).
Atualmente, há 1170 programas de Promoprev, sendo 618 programas aprovados pela ANS e 552 informados à ANS. Dos aprovados, 464 são direcionados para a saúde do adulto e do idoso, o equivalente a 75% das iniciativas. Dos programas informados à ANS, 112 são específicos para os idosos. 

O mês de outubro começa com o Dia Internacional do Idoso (1º). A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991, e reforça os termos da Resolução 46 dos Princípios das Nações Unidas para o Idoso. O objetivo é sensibilizar a sociedade mundial para as questões do envelhecimento, além de destacar a necessidade de proteção e cuidados com essa população.

Mais de 2 milhões de brasileiros vivem com alguma forma de demência

O psiquiatra Alisson Marques explica que o processo de envelhecimento inclui diversas mudanças. Muitas vezes o idoso já se aposentou, então ele perde uma funcionalidade, aquilo que às vezes deu sentido à vida dele por muito tempo. Com os filhos já crescidos, também não tem mais aquela demanda de quando eram pequenos.

“Do ponto de vista biológico, ele já tem uma velocidade de processamento com maior dificuldade, às vezes uma menor resistência e menor força. Aí ele começa a perceber esse processo, o rol de amigos dele já está reduzido, muitas vezes um irmão já se foi e lidar com a proximidade da finitude, da morte em si às vezes um cônjuge, o marido ou a esposa também já foram. Então é um processo muito difícil, muito delicado que deve ser conduzido da maneira mais saudável possível”. 

O psiquiatra dá dicas de como evitar que os idosos se sintam sozinhos e acabem desenvolvendo doenças como a depressão:

  • Inserir o idoso em atividades sociais;
  • Estimular a participação em atividades físicas, como por exemplo, a caminhada;
  • Caso tenha alguma religião, incentivar a frequentar os encontros dos grupos.

Lia Nesser é assessora de comunicação da Associação São Joaquim, que atende pessoas idosas. Ela destaca a importância da conscientização dos cuidados com essa faixa da população.

“Todos nós queremos completar o ciclo de vida inteiro, chegar à velhice, conseguir ressignificar a experiência de vida e continuar contribuindo com a sociedade numa troca de cuidados”.
 

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Por meio dessa ferramenta, é possível identificar as virtudes e as fragilidades dos municípios no cumprimento dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU

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O Brasil se tornou o primeiro país do mundo a avaliar os avanços e os retrocessos da Agenda 2030 da ONU, com o lançamento do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades - Brasil (IDSC-BR). 

Trata-se de uma ferramenta que reúne indicadores e dados dos 5.570 municípios brasileiros. Por meio dela, é possível identificar as virtudes e as fragilidades do ente no cumprimento dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Clique aqui para acessar os dados 

Segundo o diretor do Instituto Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão, o índice possibilita uma visão geral e integrada das cidades brasileiras em cada um dos objetivos. A ferramenta também conta com mapa interativo, análise individual de cada município e um ranking entre cidades, estados e regiões em relação ao nível de desenvolvimento sustentável. 

“É importante que o país tenha indicadores atualizados. Nós conseguimos criar o índice que desenvolveu um olhar para as cidades, criou um ranking e nós conseguimos ver as cidades em cinco diferentes níveis, que vão de muito baixo desenvolvimento sustentável até muito alto desenvolvimento sustentável. Se conseguirmos avançar com essa agenda nas cidades, também vamos estar avançando o país”, destaca. 

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Até o momento, a cidade que teve a melhor performance dentro dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU foi São Caetano do Sul, localizado na região metropolitana de São Paulo, que atingiu 65,62 pontos na soma de todos os critérios. O município tem cerca de 162.763 habitantes e conta com um PIB per capita de R$ 85.062,97.

Já a última posição do ranking é ocupada pelo município paraense de Santana do Araguaia, com 30,10 pontos. Situado no extremo sul do estado, a cidade tem 75.995 habitantes e um PIB per capita de R$ 14.228,20.

A apresentação do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades - Brasil (IDSC-BR) foi feita no último dia 8 de julho, em São Paulo (SP), durante a abertura da primeira edição do Fórum de Desenvolvimento Sustentável das Cidades. 

Na ocasião, o secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcelo Morales, defendeu que as Universidades e Institutos de Pesquisa podem contribuir para o alcance de bons índices sustentáveis. 

“O desafio que coloco para os prefeitos, com apoio do MCTI, é que coloquemos as Universidades e Institutos de Pesquisa à disposição dos municípios, para que todos esses índices sejam superados. Aqueles que não estão bem, que superem esses desafios com a melhor ciência disponível no país”, considera. 

Em busca do desenvolvimento sustentável

O objetivo da ferramenta é estimular o cumprimento da Agenda 2030. O índice também é apontado como uma oportunidade para as cidades se envolverem mais com a agenda global de desenvolvimento sustentável. Outro intuito é conscientizar a população sobre a temática. 

A ferramenta foi criada por meio de um trabalho conjunto entre o Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) e a SDSN (UN Sustainable Development Solution Network). 
A iniciativa foi estabelecida dentro da própria ONU para mobilizar conhecimentos técnicos e científicos no apoio de soluções em escalas locais, nacionais e globais.

O trabalho conta, ainda, com o apoio do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e financiamento do Projeto CITinova.
 

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19/05/2022 14:24h

Os animais ficam soltos na natureza, se beneficiam de sombras naturais, água fresca e recebem a ração preparada a partir de capim cortado, espalhado em diferentes regiões da propriedade

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Mais de 40% do gado no Brasil está na região da Amazônia Legal, segundo o Censo Agropecuário de 2017 (último levantamento feito pelo IBGE). Para garantir a sustentabilidade da atividade, a produção de gado na região tem buscado alternativas que reúnem preservação ambiental e produtividade para a pecuária na região amazônica. 

A criação de gado sustentável é um sonho que tem sido cada vez mais real para a Pecuária Saab, localizada em Amajari (RR). O proprietário, o paranaense Bechara Saab, de 67 anos, foi para a região de Roraima em 1979, período em que o governo estimulava a migração de produtores com seus rebanhos para a região amazônica, sob o slogan “Integrar para não entregar”. 

Desde o princípio, Bechara trabalha com gado e, desde 2019, está desenvolvendo o manejo sustentável do rebanho. Em sua propriedade, no extremo norte de Roraima, ele iniciou o trabalho de implantação da pecuária verde. 

O gado fica concentrado em pequenas áreas que variam de 50 a 100 hectares, chamadas de piquete. Nesse espaço, os animais ficam soltos na natureza, se beneficiam de sombras naturais, água fresca e recebem a ração preparada a partir de capim cortado, espalhado em diferentes regiões do piquete. À medida que o animal pisoteia, se alimenta e excreta, o solo vai se enriquecendo de matéria orgânica. 

“O solo vai ficando cada vez mais poroso, a pastagem cada vez mais verde, vai absorvendo melhor a umidade e vai sentindo cada vez menos o efeito da seca. Há ausência total de fogo. O gado come alimento fresco, fica mansinho. É uma coisa inacreditável”, explica animado o pecuarista. 

Após 60 dias, o rebanho é conduzido a outro piquete e aquela pastagem anterior naturalmente se regenera. “É um sistema muito bom e tem a vantagem que as pastagens vão ficando cada vez mais exuberantes sem adição química - depois das pastagens formadas. E, então, vai ter uma uma captação de CO² no solo e não emissão de CO² na atmosfera. É muito sustentável”, acrescenta Saab. 

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Você sabe o que é economia circular? Conheça esse novo modelo de produção e consumo

Incentivo à sustentabilidade

A iniciativa da Pecuária Saab, pioneira na região, recebeu apoio do Banco da Amazônia (Basa). Além dele, outros 11 produtores da região norte receberam incentivo financeiro e técnico para desenvolver projetos que reúnem criação de gado e sustentabilidade. Eles fazem parte de um projeto piloto do Basa que recebeu o nome de Pecuária Verde.  

A partir da experiência desses 12 proprietários, o Basa está desenhando um novo produto para apoiar projetos de pecuária sustentável na região amazônica. “A seleção deles se deu porque, de certa forma, já tinham diferenciais na parte ambiental. Com acompanhamento, queremos adequar, potencializar e aperfeiçoar o que já fazem”, diz o superintendente regional do Basa do Amazonas e Roraima, Esmar Prado. 

Atualmente na fase de modelagem, o projeto Pecuária Verde deve atender ao menos mil  propriedades, abrangendo 5 mil trabalhadores, estima o superintendente. A ideia do Pecuária Verde é que os beneficiários sejam capacitados para utilizar as melhores tecnologias e práticas, sem desmatamento, com a manutenção das áreas a serem preservadas e o conforto animal.  
 
“Não é produzir por produzir. É produzir com uma base socialmente e ambientalmente responsável, observando todas essas questões que envolvem a nossa segurança futura do meio ambiente”, explica Prado. O produto deve ser lançado para o mercado em meados de agosto. 

A nova linha de crédito está sendo feita a muitas mãos. A área técnica da instituição financeira conta com a experiência dos produtores e com a parceria da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e do projeto Finanças Brasileiras Sustentáveis (FiBraS). A nova modalidade se alinha aos  Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

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22/03/2022 20:00h

Organização das Nações Unidas escolheu o tema “Florestas e produção e consumo sustentáveis” para marcar o Dia Internacional das Florestas, celebrado em 21 de março

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Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o manejo sustentável das florestas e o uso de seus recursos são essenciais para combater as mudanças climáticas e contribuir para o bem-estar dos povos. A ONU escolheu o tema deste ano “Florestas e produção e consumo sustentáveis” para marcar o Dia Internacional das Florestas, celebrado em 21 de março.

Segundo a ONU, o mundo perde 10 milhões de hectares de floresta todos os anos; uma área do tamanho da Islândia. Com isso, de 12% a 20% de emissões globais de CO² deixam de ser absorvidas pelas florestas e são lançadas na atmosfera.

O advogado e presidente da Associação Brasileira de Direito de Energia e Meio Ambiente (ABDEM), Alexandre Sion, esclarece que o modelo de concessão florestal pode contribuir para preservar a vegetação nativa.

“Na concessão, a área é explorada em esquema de rodízio, com técnicas de manejo florestal que permite, em tese, uma produção contínua e sustentável. A ideia é que a concessão florestal promova a proteção florestas também sob viés econômico. Na medida em que há a geração de empregos diretos indiretos, parte dos recursos são direcionados à sociedade e ao poder público.”

Segundo Alexandre Sion, um dos principais objetivos da concessão é evitar a prática que grilagem e exploração ilegal das florestas, que é comum no Brasil.

“A ideia da concessão é reduzir esse mercado para quem extrai de maneira ilegal, na medida, inclusive, que o processo depende de certificação; a madeira produzida no Brasil é rastreada. Então é uma forma de reduzir aquilo que hoje é um grande problema brasileiro.”

No entanto, ele ressalta que, “como em qualquer concessão pública, ela deve ser precedida de avaliação técnica cuidadosa. As obrigações do concessionário devem estar claras. E é o papel do poder concedente a fiscalização para que as obrigações sejam cumpridas e os desvios punidos”.

Desburocratização

Em tramitação na Câmara dos Deputados, o projeto de lei 5518/20 pretende flexibilizar o modelo de licitação e os contratos de concessão florestal, para reduzir a burocracia e atrair investimentos. 

O autor da proposta, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), afirma que é fundamental a revisão da legislação, especialmente devido à importância estratégica das concessões para o crescimento do setor florestal na Amazônia.

“As mudanças propostas incluem a possibilidade de concessões para conservação e para restauração, modalidades existentes em outros países com grande sucesso no combate ao desmatamento e valorização da floresta. Grande parte dos gargalos existentes se dão porque o Serviço Florestal Brasileiro, responsável pela gestão dos contratos de concessão florestal, possui poder decisório limitado, o que gera burocracia na cadeia produtiva.”

“Do ponto de vista da atratividade econômica, a proposta inclui novos serviços florestais, como a ampliação da permissão de comercialização de créditos de carbono a todas as concessões e a permissão de comercializar outros serviços ambientais”, acrescenta.

Segundo a deputada Carla Zambelli (União-SP), “em um ambiente, onde cada vez mais se ampliam as negociações do Crédito de Carbono, esse tipo de medida amplia a geração de riquezas e desenvolvimento."

Atualmente, o PL aguarda o parecer do relator na Comissão de Finanças e Tributação.

Concessões florestais

Em nova rodada de licitações, o país deve passar pelo menos mais dez parques e florestas estatais para a iniciativa privada, segundo estimativas do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Ao todo, 8,4 milhões de hectares de unidades de conservação poderão ser concedidos para o setor privado. 

A concessão do Parque Nacional Foz do Iguaçu, que tem como principal atração as Cataratas, foi marcada para o dia 22 de março. Anteriormente, o espaço era administrado pelo Grupo Cataratas, mas o contrato já venceu. A nova concessão vai ampliar o espaço concedido, além de trazer novas exigências, como investimento de 6% de receita em projetos socioambientais. O vencedor da licitação terá que investir R$ 504 milhões e aplicar outros R$ 3,6 bilhões na operação do parque durante a concessão.

O especialista em meio ambiente Charles Dayler esclarece que a concessão florestal não vai privatizar o parque.

“A posse vai continuar sendo pública. Se a gente estiver falando de uma área federal, [a posse é] do Governo Federal; uma área estadual, governo estadual. A exploração, sim, vai passar a ser executada por um ente privado, dentro do que estiver previsto no contrato.”

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Também estão previstas outras concessões para o segundo e terceiro trimestres de 2022, como três parques no Rio Grande do Sul (Caracol, Tainhas e Turno) e o Jardim Botânico; o parque Dois Irmãos em Pernambuco; o Zoológico de Salvador, parque Sete Passagens e Conduro na Bahia; e Ibitipoca e Itacolomi em Minas Gerais. 

Além disso, em fevereiro, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) abriu uma consulta pública, com apoio do BNDES, referente ao edital de concessão de três Florestas Nacionais na Região Sul no país: Irati, Três Barras e Chapecó. Todo cidadão pode contribuir com sua opinião, até o dia 27 de março, por meio do site

O objetivo é auxiliar a administração pública no processo de tomada de decisão e colher informações sobre expectativas e sugestões da população quanto às concessões florestais. A licitação está prevista para acontecer no terceiro trimestre de 2022.

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